Comunidade Brasil

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quarta-feira, 13 de abril de 2016


Jogo de espelhos

Sobre o impeachment:
Quem apóia sabe que é golpe mas apóia mesmo assim.
Nesse grupo temos desde as Marias vão com as outras, passando pelos alienados da mídia, que acham que "saiu na tv, é verdade" (tenho exemplos assim na família, é triste), até os variados grupos de descontentes, os racistas, os homofóbicos, os integralistas, os elitistas, os que não gostam de classe baixa em aeroporto, em universidade, foram criados com classes sociais bem definidas e não aceitam mudanças. Faz parte.

Nesse grupo tb há muita gente boa, os descontentes com a crise, que acham que mudando o governo ela será resolvida e o país vai andar. Ignoram ou preferem ignorar que o próximo governo, se for de oposição, vai fazer tudo que tentou fazer nos últimos 14 anos colocando a conta no atual governo, dizendo que precisamos fazer sacrifícios pq o PT quebrou o país. E vão pagar o pato conformadamente praguejando contra o governo deposto, sem se dar conta de que foram e estão sendo usados. 
É para esse público que a mídia monta as matérias alarmistas mostradas diariamente há anos.


Sobre o governo:
Teve mais de 12 anos para fortalecer as leis e instituições para evitar um quadro dantesco como o atual, onde políticos que deveriam já estar cassados conseguem não só se manter no cargo como dirigir um processo de impedimento.
Se essa situação acontece, é pq o governo deixou e deixou pq quando isso lhe favorecia, teve interesse em usar esses mecanismos podres para livrar políticos aliados.
Plantou, agora está colhendo.
Política não se faz sem acordos mas tudo tem limite. Lotear o governo tem seu preço.
Criar quase 30 ministérios a mais para atender aliados, jogando a carga nas costas do contribuinte foi uma atitude criminosa e até quem é pró governo sabe disso.

Tiveram chance de serem legalistas contendo o MST, por exemplo.
Não existe democracia sem respeito à propriedade privada, o pilar da sociedade atual (espero que isso caia no futuro mas isso é outra discussão).
Se há propriedades improdutivas, cabe ao governo identificá-las por fiscalização, dar ao proprietário a oportunidade de regularizar e produzir e só depois dessa oportunidade desapropriar.

Assim como é o poder público que concede título de propriedade, só ele pode retirar.
Jamais tolerar a ação de grupos de invasão e muito menos tomar partido.
Fechar os olhos à invasões e destruição de propriedades é a mais violenta política de segregação social e ódio de classes que alguém pode implantar.
Isso tb está cobrando seu preço.
Agora não adianta berrar pela legalidade.

No resumo de tudo isso, me entristece saber que estamos à beira de um colapso político, pois quem irá respeitar a próxima eleição? Quem irá respeitar as urnas daqui pra frente?
No fim, o sistema está tão apodrecido que talvez isso seja bom, seja o que falta pra recomeçar.

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